Em 2002, ele atuou em Lizarda (TO) pelo Programa Saúde da Família. Desta vez, Angel Remígio Lemes vai trabalhar em um Distrito Indígena.O médico cubano Angel Remígio Lemes de 40 anos, que trabalhou no Tocantins entre os anos de 2002 e 2005 pelo Programa Saúde da Família do governo do Tocantins, está de volta ao estado para trabalhar pelo Mais Médicos do governo federal. Angel chegou a Palmas no sábado (14) juntamente com 16 médicos cubanos e um goiano, formado no exterior, selecionados para atuar em 11 municípios e um Distrito Sanitário Especial Indígena. O programa do governo estadual em parceria com o de Cuba, lançado em 1997, trouxe 96 profissionais para trabalhar em 42 municípios. Na época, os médicos tocantinenses não tinham interesse em trabalhar no interior ganhando um salário de R$ 4,5 mil.Mas, em 2005, a Justiça Federal do Tocantins, a pedido do Conselho Regional de Medicina, rescindiu os contratos de trabalho dos médicos no estado, alegando que eles não tinham o Revalida (revalidação oficial do diploma no Brasil) para atuar no Tocantins. Na decisão, o juiz Marcelo Albernaz, comparou o trabalho destes médicos ao curandeirismo. A decisão da justiça causou um incidente diplomático. O presidente de Cuba, Fidel Castro, se irritou com a comparação, preferiu não recorrer da decisão e ordenou que os médicos retornassem para o país. No período em que Angel morou no Tocantins, ele trabalhou em Lizarda, a 327 km de Palmas. Ele conta que a experiência lhe rendeu crescimento profissional e boas lembranças do estado. “Gostei muito do Tocantins, do Brasil. Estamos de volta, com a expectativa de fazer o melhor trabalho possível, em favor daqueles que precisam. Trabalhei com um médico brasileiro, uma relação de parceria e de familiaridade, foi demais”, disse ele.Desta vez ele vai trabalhar em um Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) no município de Tocantínia, a 80 km de Palmas. Depois de desembarcar em Palmas, os médicos seguiram para o Palácio Araguaia, onde foram recebidos pelo governador Siqueira Campos, que em 1997, também recepcionou os cubanos que vieram trabalhar pelo Programa Saúde da Família. “Foi o melhor tempo da saúde pública do Estado do Tocantins com a presença dos médicos cubanos, não tive nenhum problema. Foi um tempo muito bom”, afirmou o governador. Os médicos vão permanecer uma semana em Palmas para participar de um processo de integração, período em que irão conhecer a realidade dos municípios e saber detalhes sobre a atenção básica e o trabalho das equipes de saúde da família. No dia 23, eles vão para os municípios onde irão atuar. Seis cidades irão receber dois profissionais cada uma. Elas são: Arraias, Santa Rosa do Tocantins, Caseara, Recursolândia, Esperantina e Sampaio. Já os municípios de Maurilândia do Tocantins, Goiatins, Ponte Alta do Bom Jesus, Buriti do Tocantins, Carrasco Bonito e o Distrito Sanitário Especial Indígena, em Palmas, vão receber um profissional cada.




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